Empresas interessadas em experimentar a tecnologia da Internet das Coisas (IoT) em seus processos produtivos terão até R$ 15 milhões disponíveis para investir. É o que prometem a EMBRAPII (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), o SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Os três abriram chamada pública para a seleção dos interessados no último dia 08 de novembro, em São Paulo.
Segundo as instituições, os R$ 15 milhões poderão ser utilizados na construção de ambientes de testes de soluções tecnológicas (testbeds), plataformas estruturadas em ambientes controlados que reproduzem um cenário real. Os recursos serão aplicados, por exemplo, em obras de infraestrutura de laboratórios, na compra de equipamentos nacionais, importados e de softwares, na remuneração da equipe, entre outras despesas necessárias para a realização dos projetos. Os segmentos prioritários da chamada serão as indústrias automotiva, têxtil, mineradora e de óleo e gás.
O prazo dos testbeds será de três anos, dos quais pelo menos dois anos serão de execução dos projetos. Para participar, as empresas devem apresentar um plano de inovação com a proposta detalhada de montagem e operação das experiências. Cada projeto terá financiamento mínimo de R$ 1 milhão, 50% deve ser investido como contrapartida da empresa.
Por dentro da Internet das Coisas (IoT)
A Internet das Coisas é fundamental na engrenagem da Manufatura Avançada (ou Indústria 4.0). Já em 2020, estima-se que haverá 50 bilhões de dispositivos conectados à rede de IoT: máquinas, veículos, estações climáticas, mobiliário urbano, redes de energia etc. Até 2030, o impacto será ainda maior.
Segundo projeções da consultoria Accenture, os investimentos para a absorção da tecnologia de Internet das Coisas na economia global terão um impacto de US$ 3,7 trilhões no PIB mundial. Para a indústria brasileira, isso representa uma enorme janela de oportunidade para modernizar seu parque produtivo e recuperar a competitividade perdida, criando um ciclo de desenvolvimento de longo prazo.
O barateamento de equipamentos como os sensores tem facilitado o investimento na implementação de ambientes industriais conectados a grandes bancos de dados, o que torna possível coletar informações que não eram armazenadas, mas que influenciam em grande escala o resultado das indústrias. Saiba mais!
*Com informações da EMBRAPII – Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial