A Inteligência Artificial é uma das bases da Indústria 4.0, e, com ela, é possível desde personalizar os produtos até simular a cadeia produtiva e, assim, produzir mudanças significativas no setor e na maneira como as empresas interagem com os clientes. A Inteligência Artificial na indústria vai colaborar para automatizar os processos e tomar decisões muito mais ágeis e certeiras por meio da coleta e análise de dados.
Quer entender melhor sobre como a Inteligência Artificial pode ajudar a reduzir o tempo de produção e tornar todos os processos mais otimizados? Acompanhe!
1 – Aprendizado e conhecimento
Para o professor Dr. João Ricardo Bittencourt, da Coordenação do Curso de Jogos Digitais da Unisinos, o principal uso da Inteligência Artificial na Indústria 4.0 está relacionado ao conhecimento possível de ser adquirido e transformado em vantagem competitiva.
“Quando existe um conhecimento formal sobre um tema, a Inteligência Artificial na indústria pode ajudar a convertê-lo em uma base de conhecimento. Tomemos como exemplo os problemas de logística. Muitas vezes, contamos com profissionais com conhecimentos tácitos e o enfrentamento de questões diárias poderiam ser modelados na forma de uma agente inteligente para ser replicados”, exemplifica o professor.
A outra situação é quando não temos um conhecimento formal, mas, sim, uma grande base de dados. “A partir dessa base, é possível aplicar algoritmos de aprendizagem de máquinas e criar modelos que descrevam esse conhecimento, permitindo efetuar predições”, complementa.
2 – Operação em tarefas competitivas
A Inteligência Artificial ainda permite a realização de tarefas repetitivas com uma margem mínima de erros, fator que não apenas diminui o tempo de produção, como também colabora para reduzir os custos dentro da indústria.
Na Indústria 4.0, é possível automatizar a linha de produção para otimizar os processos. “Tarefas de classificação ou aproximação de funções, regulações ou predições são delegadas aos agentes inteligentes”, diz o professor.
Por meio da Inteligência Artificial na indústria, a tecnologia aprende com base em regras e dados conhecidos de fenômenos que ocorreram no passado. “O agente inteligente será ótimo no sentido de compreender esses dados, criar um modelo e responder em situações futuras, tendo como base o que já ocorreu”, complementa.
3 – Integração com seres humanos
Não se engane ao achar que Inteligência Artificial e humana não podem interagir entre si. Na produção, é possível implementar braços robóticos colaborativos totalmente capazes de funcionar ao lado de pessoas e com alta segurança.
Assim, é possível realizar tarefas repetitivas, perigosas ou que precisam de mais precisão com os robôs, enquanto os colaboradores ficam com a parte criativa e estratégica.
4 – Manutenção preditiva
A manutenção preditiva é uma forte vantagem da Indústria 4.0, apoiada pela Inteligência Artificial. As soluções nesse sentido são capazes de ser treinadas para identificar com antecedência indícios que podem levar a falhas e paradas nos equipamentos.
Além disso, a tecnologia consegue identificar produtos fora do padrão com grande rapidez e flexibilidade, pontos cruciais em uma manufatura.
Juntas, essas duas formas de atuação da Inteligência Artificial da Indústria permitem tornar todo o processo mais ágil, assertivo e, claro, menos custoso.
O que é necessário para implantar a Inteligência Artificial na indústria?
Com tantas vantagens para a indústria, se preparar para implantar essa tecnologia tão importante o mais rápido possível é sinônimo de conquistar mais vantagem competitiva e lucratividade. Mas, por onde começar?
Para o professor Bittencourt, existem algumas situações por meio das quais esse processo pode ser iniciado na empresa. “Podemos ter situações em que existem especialistas com conhecimentos formais que podem eliciar o conhecimento, ou situações com volume grande de dados que possam ser minerados, manipulados para extrair conhecimento“.
Esse é um conhecimento ainda novo, especialmente no sentido de usar o processamento da máquina para criar relações que ainda não foram percebidas pelos olhos humanos. Por isso, ainda temos muito a aprender, na prática, com a Inteligência Artificial.
“Soluções modernas, em sua essência, usam os mesmos algoritmos dos anos 80-90. Entretanto, atualmente temos muito mais capacidade de armazenamento e processamento, que permite criarmos soluções para reconhecimento de imagens, de sons, sintetização de sons, inúmeros classificadores e inúmeros preditores”, complementa.
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