Na manhã do terceiro e último dia desta edição, a Indústria Xperience foi palco para a apresentação de soluções avançadas em tecnologias. Webinars enriquecedores trouxeram assuntos com poder de despertar o interesse do público pelo que há de mais inovador para o universo industrial.

Aqui você acompanha um resumo das apresentações com foco em Soluções em Tecnologia. Lembrando que ambas estão disponíveis na plataforma Indústria Xperience, onde o visitante encontra conteúdo técnico, networking e oportunidades de negócios.

Confira!

Realidade Aumentada a favor da Manutenção Preditiva e Prescritiva

Qual é a viabilidade da Realidade Aumentada (RA) para a manutenção preditiva e prescritiva? De acordo com José Roberto Dias, da TechBoard Latam, tanto a manutenção preditiva quanto a preventiva são pilares da Indústria 4.0.

É neste contexto que a RA vem se popularizando, cada vez mais, como opção segura em favor de ambas. José Roberto pontuou a importância de um técnico em campo e um especialista poderem se comunicar de forma remota, conversar ponto a ponto, compartilhar documentos com o usuário em campo e gravar sessões para conferências ou auditorias.

Mas como tudo isso é possível?

“Aplicando uma plataforma na nuvem que ofereça a possibilidade de conexão remota por meio de um par de óculos de realidade aumentada”, explicou o representante da TechBoard Latam. Isso porque o respectivo especialista, conforme explicou José Roberto, poderá ver, em tempo real, exatamente o que o operador vê. Ambos atuam em conjunto.

Ainda segundo ele, para uma empresa implementar a RA em sua estratégia operacional é preciso considerar dois fatores: o tipo de intervenção que será feita pela companhia e a otimização de custo.

“É essencial que a empresa saiba exatamente onde e o porquê quer implantar a realidade aumentada, de modo que o uso traga otimização de custos”, explica.

Já sobre as aplicações, a RA é indicada para diferentes setores da indústria, entre os quais, de auditoria, segurança, chão de fábrica etc. No maquinário, por exemplo, a RA traz uma redução “brutal” de custos, uma vez que ajuda a equipe de intervenção a saber se o que tem sido feito na linha de produção está de acordo com o planejado.

“O operador em campo com os óculos de RA, consegue baixar documentos, imagens e vídeos que serão mostrados nas próprias lentes. Dessa forma, ele tem a orientação sobre o que procura”.

Aos interessados em RA, José Roberto disse que a utilização dos óculos é simples e precisa, ao passo em que sua plataforma é baseada no sistema Android. O operador passará por um simples treinamento para a colocação de senha e login, bem como sobre a compreensão dos itens de navegação e conexão dos óculos em campo.

“É mais fácil do que navegar num site. O mais importante é que o operador saiba como usar a tecnologia da RA a seu favor, mantendo suas mãos livres para os processos industriais”, comenta o palestrante.

Novas Tecnologias para AGVs e contribuição na movimentação em fábrica

Na sequência, especialistas se reuniram para apresentar os diferentes tipos de AGVs (Automated Guided Vehicle, ou veículo autoguiado), bem como as tecnologias aplicadas, o funcionamento e os principais benefícios da solução para a movimentação de cargas e materiais nas indústrias.

André Motta, da Pepperl + Fuchs, começou explicando o sucesso que o AGV vem fazendo na indústria, nos mais variados setores de atuação. “O aumento de AGV no Brasil se deve à crescente demanda de automação para a movimentação dos materiais”. Mais uma vez, a Indústria 4.0 dando o ar da graça.

Por sua vez, Samuel Luiz Bim, da Selettra, falou sobre as principais contribuições do AGV para as corporações. “Como os carros se movimentam automaticamente, eles podem auxiliar tanto na logística quanto na própria linha de produção”. Samuel também aproveitou para mostrar os diferentes tipos de AGVs: rebocador, arrastador (não leva o produto sobre si, mas transporta um outro carro), auxiliar e transportador.

“O principal benefício oferecido pelos AGVs é a flexibilidade. Esses equipamentos são compactos e potentes. Substituem ou complementam os transportadores convencionais”, comentou Samuel.

Várias tecnologias podem ser integradas aos AGVs, entre elas, sensores e scanners. Com relação ao funcionamento, esses equipamentos podem ser guiados tanto por uma linha embutida no piso, a qual gera uma frequência que determina o caminho, quanto por um guiamento robusto, indicado para locais mais insalubres, cujo piso é desigual, e também por um guiamento óptico, que trabalha, por exemplo, com linha de códigos. Neste último modelo, o equipamento vai navegando de código em código, o que proporciona mais segurança aos operadores.

Guilherme Okuyama, da Pepperl + Fuchs ressalta que os principais pontos de AGVs são segurança e ergonomia. “Essas transportadoras são projetadas para cargas pesadas e variadas, por isso são tão viáveis”, disse Guilherme.

Sobre o cenário mercadológico, quem falou foi Sidnei Antonio Gularte, da Selettra. Para ele, o mercado em si vem demandando cada vez mais a tecnologia das AGVs e de forma natural.

Além do setor automotivo, vários segmentos passaram a aproveitar as vantagens desse tipo de movimentador de carga e materiais. “O país está aderindo à tecnologia e deixando as indústrias cada vez mais competitivas diante da implementação da Indústria 4.0”.

Assista ao conteúdo Indústria Xperience 2022

Todas as apresentações destes três dias de evento já estão disponíveis! Basta acessar a plataforma e navegar até a aba CONTEÚDOS.

Aproveite para prestigiar toda a programação, certamente o conteúdo será muito útil para você e sua empresa!