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Internacionalização de empresas: dicas para não errar neste processo

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A internacionalização de empresas é um objetivo de todo gestor. Mas para não errar neste processo, considerar alguns pontos são de grande importância

Em um mundo cada dia mais globalizado, “alcançar novos mercados” é uma meta de muitas empresas brasileiras. Este processo é conhecido como internacionalização das empresas e tem se tornado uma prática bastante interessante para as empresas brasileiras.

Hoje em dia, internacionalizar uma empresa é uma ótima oportunidade de alavancar os negócios e alcançar novos mercados, é também uma alternativa para conter os efeitos do enfraquecimento do mercado interno.

Mas, além destas possibilidades, há também muitos desafios para que a internacionalização de empresas realmente dê certo e traga os resultados esperados.

Para entender melhor sobre o tema, conversamos com Diego Coelho, coordenador executivo da FIA Business School. Ele nos explica todo o conceito por detrás da internacionalização de empresas, assim como dá algumas dicas para que este processo seja o mais assertivo possível. 

Internacionalização de empresas: o que significa?

Em um cenário globalizado e economia nacional estagnada, hoje empresas veem na projeção global uma oportunidade para expandir mercados e encontrar soluções inovadoras em um processo conhecido como internacionalização de empresas.

No entanto, Diego Coelho explica que a Internacionalização de empresas é um conceito que possui várias interpretações e definições. “Seja no âmbito acadêmico ou de mercado, existem perspectivas diferentes sobre aquilo que caracteriza uma empresa como internacionalizada.

O entendimento do coordenador executivo da FIA Business School sobre este tema é o seguinte: 

Antes de criar dissensos conceituais e teóricos, temos que assumir que a internacionalização de empresas ocorre por meio da realização de negócios internacionais, sempre a partir de uma perspectiva de longo prazo.” 

Para Coelho internacionalizar uma empresa significa expandir as suas atividades e operações para o mundo, com objetivo de se envolver e de se vincularem internacionalmente para atingir objetivos que resultem em ganhos de produtividade, lucratividade e competitividade de maneira sustentável no tempo. 

Isso pode ocorrer tanto pelo comércio exterior quanto por investimento direto em operações próprias e/ou, ainda, via celebração de contratos! Quer no exterior ou mesmo com estrangeiros no Brasil.

Assim, do ponto de vista prático, a internacionalização de uma empresa pode ocorrer de várias formas, que vão desde o contato da empresa com o mercado externo, passando pela importação de produtos e matérias-primas, até o estabelecimento, de fato, do negócio em países estrangeiros.

As empresas estão no mundo e podem se beneficiar dele, de diversas formas! A internacionalização é a jornada para isso, por meio dos negócios internacionais”, complementa Diego Coelho.

Vantagens da internacionalização para empresas

Muitas são as razões para que uma empresa busque a internacionalização de seus negócios, tais como:

  • Busca por novos mercados para seus produtos/ serviços; 
  • Acessar recursos indisponíveis na origem ou ainda adquirir tais recursos a preços relativamente menores; 
  • Acessar tecnologia, patentes e competências específicas, como por exemplo a internet das coisas industrial;
  • Adquirir eficiência operacional, por meio do know-how de parceiros.

No entanto, mesmo com as muitas vantagens, Diego Coelho ressalta que a internacionalização não é fim, é meio. “Empresa alguma se internacionaliza por se internacionalizar. Ela se internacionaliza porque está motivada à consecução de determinados objetivos e benefícios possibilitados por algum país estrangeiro”, opina.

Para saber quais são as razões que orientam estrategicamente a sua internacionalização, as empresas devem, primeiramente, identificar as suas motivações e justificativas. Tal exigência, inclusive, irá ajudar na escolha dos países mais adequados.

Apesar das muitas vantagens, a internacionalização possui algumas desvantagens. No curto prazo, os esforços, em tempo, gastos e dedicação, são superiores aos retornos esperados, como ressalta Coelho.

Toda empresa que se internacionaliza arca com desvantagem por ser estrangeira, recém-chegada, assim como muitas das decisões envolvidas serem uma novidade às lideranças executivas.” 

O coordenador executivo da FIA Business School complementa. “As empresas e suas lideranças devem assumir isso como uma realidade e, por meio de estratégia, planejamento e gestão, mitigar tais desvantagens, acelerar a curva de aprendizagem e, no tempo, ter o retorno pretendido.

Práticas e recomendações para internacionalizar uma empresa

A internacionalização de uma empresa ou de um negócio é uma ótima estratégia para aumentar lucros, melhorar a competitividade e reduzir os riscos. 

No entanto, o processo de internacionalização requer compromisso da empresa, devendo ser incorporada à ordem do dia pelas empresas, ou seja, não pode ser uma estratégia secundária ou uma agenda insulada na mão de poucos.

A internacionalização de empresas é uma jornada que se inicia com a prontidão da empresa, ou seja, deve existir mobilização e alinhamento de todos para enfrentar o desafio da expansão internacional”, comenta Diego Coelho.

Assim, as seguintes dicas devem ser consideradas para o sucesso da internacionalização de empresas.

Faça reflexões sobre seu negócio

A empresa sempre deve iniciar o processo com reflexões estratégicas, envolvendo todas áreas-chave da empresa. 

Cabe aos gestores pensarem sobre a orientação estratégica que direciona a empresa ao mundo. Identifique as razões que motivam e justificam a internacionalização da empresa”, sugere o coordenador executivo da FIA.

Faça uma análise de mercado e veja onde sua empresa pode fazer negócios

Outro ponto importante é pesquisar aqueles países que apresentam condições para explorar o que a empresa pretende oferecer tendo em vista aquilo que ela possui e que justifica a sua internacionalização.

Nos países priorizados, Diego Coelho sugere às empresas mergulhar na realidade de cada um deles! “Estude e, se possível, visite e conheça estes países! Veja se o país apresenta, de fato, condições para que a sua empresa, dada o seu momento, consiga se adaptar e se internacionalizar, com competitividade.

Se adapte aos países que você pretende expandir seus negócios

Para Diego Coelho, adaptar é um dos verbos mais conjugados na internacionalização de empresas! “Não há internacionalização sem adaptação, em menor ou maior grau, em serviço, produto, modelo de negócios, marketing, logística, entre outros.” 

Analise e defina, a partir das características do país e das adaptações necessárias, qual a melhor maneira de atuar e de entrar/operar no mercado para consecução daquilo que é pretendido. 

Pense nas operações (comércio, investimento e/ ou contratos), nas normas regionais e na gestão da atividade no exterior!”, recomenda Coelho.

Toda essa reflexão estratégica irá pavimentar a elaboração de um bom planejamento para analisar custos, riscos e investimentos de comercializar produtos ou serviços no exterior.

Tenha uma boa gestão, monitoramento e controle da operação internacional

Com as decisões tomadas e um planejamento muito bem elaborado, basta a empresa ter uma boa gestão, que conduza a internacionalização com monitoramento e controle. Com isso, as chances de sucesso são elevadas.

Por fim, é importante ressaltar que a jornada da internacionalização é da empresa, ela não precisa e não deve ser solitária. Para sua estratégia, planejamento e gestão, toda empresa pode contar com todo um ecossistema de apoio, nacional, estadual ou municipal. 

Esses apoios informacionais vão desde capacitação, passando por inteligência, chegando até feiras, rodadas, entre outros! Insira-se no ecossistema e tenha maiores chances de sucesso! ”, indica Diego Coelho.

Diante de tudo que vimos aqui uma coisa é clara: Toda empresa brasileira pode ganhar o mundo ao se internacionalizar. Basta dedicação, estratégia, planejamento e gestão.

Gostou? Então aproveite e saiba quais são as estratégias para lidar com os desafios de todo gestor industrial pós-pandemia.

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