Como já dissemos em outras oportunidades por aqui, a manufatura aditiva, também chamada de impressão 3D, tende a ganhar cada vez mais espaço na indústria, seja para o desenvolvimento de protótipos, peças finais ou ferramentas específicas.
“O que, essencialmente, difere esse processo dos convencionais de manufatura é não haver a necessidade da construção de um molde ou da moldagem de uma peça bruta através de processos de usinagem. Com isso, é possível produzir peças de maneira muito mais precisa e ágil”, afirma Natalia Almeida, engenheira de produção da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).
Já no processo de usinagem tradicional, vale ressaltar que a fabricação de uma peça se dá pela retirada progressiva do cavaco de grandes pedaços metálicos até alcançar o produto final. Esse é um dos métodos mais eficazes de criar peças muito finas e objetos com bastante detalhes, que, muitas vezes, não são possíveis de serem obtidos por meio de técnicas de fundição e moldagem.
A usinagem pode ser utilizada para diversas finalidades, desde a produção de parafusos de aço para peças de metal, até a manufatura de objetos maiores, como ferramentas manuais e componentes automotivos.
Mas por que combinar usinagem e manufatura aditiva?
Como vimos, ambos os processos apresentam diversas aplicações e benefícios. Portanto, ao combiná-los, é possível aumentar os diferenciais competitivos de uma indústria. Afinal:
- A usinagem permite a entrega de peças com fino acabamento e muita precisão;
- A manufatura aditiva permite a criação de peças com uma complexidade impossível de se alcançar com o processo de usinagem tradicional, economizando, inclusive, matéria-prima.
Dessa forma, a união dos dois métodos permite que a indústria vá, gradualmente, se modernizando e se beneficiando com as possibilidades oferecidas pela tecnologia.
Usinagem + manufatura aditiva = manufatura híbrida
Atualmente, a indústria tem direcionado os seus esforços para aumentar a produtividade e reduzir os custos relacionados à manufatura. Uma das metodologias que têm possibilitado isso são as máquinas que combinam os dois mundos da manufatura, a aditiva e a usinagem. Essa combinação recebe o nome de manufatura híbrida.
Atualmente, já existem centros de usinagem híbridos que integram os dois métodos de produção. Ou seja, centros de usinagem de 5 eixos que combinam a usinagem e a manufatura aditiva em metal.
É o caso da solução apresentada pela Romi em 2017, durante a EXPOMAFE – Feira Internacional de Máquinas-Ferramenta e Automação Industrial. O Centro de Usinagem Vertical 5 eixos ROMI DCM 620-5X Hybrid combina operações de usinagem e manufatura aditiva (impressão 3D metálica), permitindo a adição de diversos materiais em perfis complexos. Ligas metálicas nobres podem ser adicionadas na quantidade exata e, depois, usinadas na própria máquina, o que proporciona grande economia no uso de materiais de custo mais elevado.
Vale destacar, também, como vantagem dessa combinação no chão de fábrica, a usinagem de peças com geometrias simples e complexas em um único setup, capaz de reduzir acentuadamente o tempo de usinagem, promover a obtenção de maior eficiência e de peças mais duráveis, além de precisão, produtividade e redução de custos.
Você já conhecia os benefícios da combinação entre usinagem e manufatura aditiva? Deixe sua mensagem nos comentários e até a próxima!