Você já ouviu falar sobre o Projeto Indústria 2027? Criado pela CNI (Conferência Nacional da Indústria) e o IEL (Instituto Euvaldo Lodi), em parceria com a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e a UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas), ele visa trilhar o futuro do setor industrial brasileiro a partir da análise das tendências e dos potenciais impactos das tecnologias sobre o sistema produtivo.
Afinal, nos próximos 10 anos, tudo será impactado – do agronegócio à indústria da moda, das universidades ao mercado de trabalho. Além disso, tecnologias em ascensão tornarão o mundo mais eficiente, com desafios e oportunidades que irão modificar a estrutura das empresas e criar novos negócios.
A importância do Projeto Indústria 2027
Avaliar como as tecnologias vão influenciar o futuro da indústria é importante para descobrir como o país pode crescer e se proteger de riscos a partir de inovações disruptivas.
A pesquisa do Projeto Indústria 2027 foi desenvolvida por 75 especialistas durante 14 meses, com 753 empresas industriais, de dez diferentes setores: agroindústrias, insumos básicos, química, petróleo e gás, bens de capital, automotivo, aeroespacial e defesa, TIC, química de especialidades, bioquímica e bens de consumo.
Todas elas apresentaram o nível de adoção de oito tecnologias: Internet das Coisas; tecnologia de redes de comunicação; Inteligência Artificial, Big Data Analytics; produção conectada; biotecnologia; nanotecnologia; materiais avançados e armazenamento de energia.
Projeto Indústria 2027 aponta os cinco direcionamentos necessários para avançar
1. Envolvimento do mais alto nível do governo e metas compartilhadas com o setor privado
Corresponde à necessidade de modernizar e digitalizar o Estado para reduzir custos, ampliar a transparência e melhorar os serviços do governo.
2. Investimento na capacitação de pessoas e de empresas
“A recomendação é o investimento em recursos humanos. Deve-se inserir o ensino de tecnologias digitais em todos os níveis de educação e reforçar redes de incubadoras e aceleradoras”, enfatiza Paulo Sandres, consultor de serviços tecnológicos do Instituto SENAI de Tecnologia Automação e Simulação.
3. Modernização e aumento da capacidade de resposta do Estado
O relatório destaca o papel das regulações e do poder de compra do Estado como indutor de desenvolvimento tecnológico, mas reforça que a difusão das tecnologias digitais depende do engajamento do setor privado.
4. Definição de estratégias, conforme estágios de desenvolvimento das empresas
O documento também orienta a definição de estratégias corporativas diferenciadas, de acordo com estágios de desenvolvimento das empresas. Além disso, recomenda implementar ações por meio de programas e instrumentos coordenados, sintonizados às necessidades das organizações e com monitoramento de resultados.
5. Implementação de ações por meio de programas e instrumentos coordenados
Se as expectativas se realizarem, as transformações se darão, principalmente, na produtividade e na competitividade do produto brasileiro. “Por isso, há a necessidade, além de regulações e mecanismos de fomento pró-inovação, de definição de estratégias diferenciadas e a implementação de programas e instrumentos coordenados”, ressalta Sandres.
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