Entenda qual será o perfil do novo profissional da Indústria 4.0 e como as novas tecnologias vão afetar as vagas de trabalho
Com a implementação da Indústria 4.0, muitas mudanças vão ocorrer nos negócios. Mais produtividade, decisões baseadas em dados, agilidade e redução de custos são apenas algumas delas.
No entanto, um ponto tem preocupado bastante, principalmente os trabalhadores: como ficarão os empregos com esse novo cenário?
Saiba que se engana quem acredita que a Indústria 4.0 vai ocasionar uma demissão em massa e sem volta. O que vai acontecer é uma mudança no papel dos funcionários, especialmente no time do chão de fábrica.
Quer entender melhor como serão as tarefas humanas na Indústria 4.0? Acompanhe!
Indústria 4.0 e o emprego
Toda mudança significativa gera medo e incertezas, e, com a alta adesão da tecnologia pelas indústrias, não poderia ser diferente. Mas será que a Indústria 4.0, realmente, é um caminho sem volta para o fim do trabalho humano?
“Passamos por três revoluções e esta mesma preocupação ocorreu nestes momentos. Mesmo com tudo isso, ainda estamos aqui. Quais empregos existiam há 20 anos e que não existem mais hoje? E quais não existiam e hoje existem? O mercado acaba se adaptando desde sempre. O que conseguimos observar como tendência é que o trabalho mais operacional está desaparecendo, porém, atividades que envolvem maior qualificação estão surgindo”, esclarece o Prof. Dr. Douglas Rafael Veit, coordenador do curso de Gestão da Produção Industrial da Unisinos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos).
Para o professor, o desemprego pode chegar por duas vias.“Se utilizarmos as tecnologias da Indústria 4.0, as atividades operacionais tendem a desaparecer. Porém, se não implantarmos as tecnologias, outros o farão, ficando mais competitivos e tomando para si fatias maiores do mercado”.
Com isso, as empresas que não implementarem as tecnologias da Indústria 4.0 ficarão menos competitivas, e a consequência será uma perda significativa do mercado, acarretando em desemprego.
“Esta segunda via é ainda pior, pois quando a empresa se der conta, terá que adquirir, se apropriar da tecnologia, aprender, produzir e reconquistar seus clientes, o que pode não ser viável no curto prazo“, completa Veit.
O profissional do futuro
Nesse cenário, é importante reforçar que a Indústria 4.0 exige uma mudança no papel e nos conhecimentos das pessoas – e isso vale também para o time do chão de fábrica.
“Cada vez mais, a formação terá de ser interdisciplinar. O profissional que vai trabalhar com todas as tecnologias da Indústria 4.0 deve ter noções básicas de automação, mecânica, elétrica, robótica, simulação, ou seja, deve sobrevoar por todas as tecnologias”, alerta o professor.
Veit complementa ao dizer que essa visão interdisciplinar não é sinônimo de precisar se tornar um especialista. Os profissionais deverão conhecer as tecnologias, suas funcionalidades e usos.
“As tecnologias não podem ser utilizadas apenas por modismo, elas devem trazer resultado para a organização. Isso é o mais relevante: a tomada de decisão rápida e precisa, escolhendo de maneira correta as tecnologias que mais fazem sentido para cada realidade específica, é o diferencial para o profissional da Indústria 4.0”.
Relação de investimentos X empregos
Outro ponto para refletir quando o assunto é a Indústria 4.0 e o novo papel dos profissionais está relacionado aos investimentos necessários para adotar a mudança. As novas tecnologias são muitas e, na maioria das vezes, caras.
“Grande parte das nossas empresas tem investimentos limitados, o que torna ainda mais importante o papel do profissional que irá escolher uma ou um conjunto de tecnologias”, complementa o professor.
Além dessa competência primordial para colaborar com a transição, as empresas também precisam se alertar para outro fator igualmente importante. As competências demandadas para trabalhar na Indústria 4.0 são muito novas – e isso significa que há poucos, e caros, profissionais no mercado.
Nesse sentido, treinar e capacitar a equipe atual é muito mais vantajoso do que a demissão em massa para recontratar. Por isso, é fundamental que tanto as empresas quanto os colaboradores comecem a se preparar desde já.
E você, como acha que vai ser o novo perfil de profissional da Indústria 4.0? Compartilhe as suas impressões com a gente nos comentários e até a próxima.
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