A Indústria 4.0 não é algo que deva se limitar apenas às grandes empresas. Pelo contrário, a indústria de pequeno porte também tem muito a se beneficiar com as novas tecnologias trazidas por essa revolução. Afinal, elas são de extrema importância para otimizar os processos, reduzir custos e, assim, dar mais fôlego para quem é pequeno crescer.

E, apesar do que muitos imaginam, adotar a Indústria 4.0 em uma indústria de pequeno porte é uma tarefa bastante acessível. E o melhor de tudo: ela costuma ser muito mais ágil em negócios menores.

Para isso, no entanto, é preciso avaliar onde estão os gargalos e selecionar as tecnologias corretas. Dessa forma, a implementação da Indústria 4.0 virá acompanhada de um plano financeiro e de prioridades para não comprometer a lucratividade do negócio.

Quer entender melhor como as pequenas indústrias podem adotar a Indústria 4.0? Continue com a leitura!

Como a indústria de pequeno porte pode adotar a Indústria 4.0

O primeiro passo para uma implementação eficaz e com retorno da Indústria 4.0 é um mapeamento das necessidades e atuais tecnologias do negócio. Afinal, o grande desafio da pequena indústria é, justamente, encontrar a estratégia mais adequada.

“O dono de uma pequena empresa pode fazer cursos e/ou ir à eventos relacionados ao conceito da Indústria 4.0. Nessas ocasiões, além de estar em contato com especialistas, ele também pode trocar experiência com outras empresas”, recomenda José Rizzo, CEO da Pollux e presidente da Associação Brasileira de Internet Industrial – ABII.

O especialista também recomenda que para um entendimento profundo “é necessário saber exatamente como funciona o seu negócio, quais são os seus processos, onde estão os seus principais gargalos e qual o seu objetivo com a tecnologia. Sem isso claramente definido, corre-se o risco de investir em soluções que não trarão o resultado esperado”.

Caminhos a serem percorridos

A adoção da Indústria 4.0 pode ocorrer por diversos caminhos. Tudo vai depender dos objetivos e do investimento possível. De acordo com Rizzo, há duas opções que podem ser viáveis para a indústria de pequeno porte:

  • Projeto retrofit: quando se adapta o antigo ao moderno. Ou seja, se reaproveita o maquinário existente com foco na modernização. Normalmente, os custos são mais baixos e a mudança pode ser adotada gradualmente;
  • Projeto “sprint”: quando é implementada uma solução digital para um processo específico, em uma determinada área da empresa, que posteriormente pode ser integrado às demais inovações.

Rizzo ainda destaca que a instalação de sensores é um passo fundamental para qualquer projeto. “Eles são a base do crowdsensing: uma técnica de monitoramento em que vários dispositivos (sensores, smartfones, tablets, câmeras etc) interligados, por meio da Internet, fornecem estatísticas de desempenho. Todo este sistema conectado é conhecido como IIoT (Industrial Internet of Things/Internet das Coisas Industrial) e está relacionado ao conceito de Inteligência Artificial (IA)“.

As vantagens em adotar a Indústria 4.0

A Indústria 4.0 não está sendo tratada como a 4ª Revolução Industrial à toa. Ela realmente vai quebrar paradigmas e mudar completamente a forma como as empresas produzem, distribuem e interagem com os consumidores.

“As principais perdas para quem não adotar a indústria 4.0 são: não ter mais competitividade – fazendo mais com menos recursos, não diminuir custos e não melhorar a qualidade dos produtos. São pontos importantes que nenhum empresário está disposto a perder, não de maneira consciente”, complementa Rizzo.

Em outras palavras, não se adaptar para essa nova realidade é sinônimo de desaparecer em um mercado que não terá mais espaço para processos e estratégias ultrapassadas.

É importante dizer que, de acordo com pesquisa realizada pela CNI, com 2.225 empresas (pequenas, médias e grandes), 43% delas não sabiam quais tecnologias são necessárias para impulsionar a sua competitividade.

“Nesse processo, mais do que entender das tecnologias, é preciso ter um conhecimento profundo do seu próprio negócio para escolher o que vai realmente trazer mais eficiência para a operação”, acrescenta Rizzo.

Será que realmente vale a pena ficar parado no tempo? Como você lida com essa nova realidade? Conte pra gente pelos comentários e até a próxima!

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