O primeiro dia da Indústria Xperience 2022 teve como temática central as soluções em inovação. A abertura do evento, que acontece ao vivo entre 08 e 10 de Novembro, contou com a transmissão do fórum ABIMAQ Inova, focando na Indústria no Metaverso.

Sobre este evento, Denis Borges Maurício, engenheiro e analista de tecnologias industriais na ABIMAQ, afirma que existe uma adaptação para essa nova realidade, e que a pandemia possibilitou o acesso aos mais variados conteúdos em curto espaço de tempo.

O engenheiro acrescenta que filtrar as informações ainda é um desafio, devido ao excesso. Para isso, o profissional de tecnologia da ABIMAQ foi o responsável por integrar o evento híbrido da Indústria no Metaverso com a plataforma digital Indústria Xperience. “Essa foi a proposta: integrar o conteúdo tecnológico e avançado que estamos trabalhando para a ‘indústria do amanhã’, fazendo chegar o acesso a quem precisa na nossa ‘indústria de hoje’”, disse.

Confira a cobertura do ABIMAQ Inova aqui.

Agora, confira os principais aprendizados do primeiro dia de Indústria Xperience!

Transformação Digital

A palestra que abriu a tarde desta terça-feira falou sobre transformação digital. Marco Tanaka, gerente comercial da BirminD, disse que as empresas precisam pensar como plataformas e os dados disponibilizados precisam ser convertidos em informações valiosas. Tanaka comentou também que as propostas de valores precisam ser adequadas de forma contínua, conforme a demanda do mercado e dos clientes.

O gerente detalhou particularidades da Dark Factory. Proveniente da Indústria 4.0, o termo refere-se a máquinas autônomas baseadas na Internet das Coisas (IoT). “Hoje já é possível trabalhar a inteligência artificial na produção com otimização, predição, relevância e detecção de anomalias. Com gêmeos digitais você faz simulações em seu chão de fábrica e consegue produzir mais gastando menos – esse é o objetivo das Dark Factories”, afirmou Marco Tanaka.

A Dark Factory, segundo o profissional da BirminD, não se aplica para todas as produções, apenas onde se tem alta repetibilidade, sem produção discreta.

AMRs – Robôs Autônomos apoiando as indústrias

Mauro Andreassa, consultor da Indústria Xperience, e Thiago Holanda, diretor da Automni Logística, participaram do painel para falar de AMRs (Autonomous Mobile Robots) e AGVs (Autonomous Guided Vehicle).

Os AMRs estão ganhando seu espaço pelo Brasil, uma vez que, diferentemente dos AGVs, que não tem inteligência própria e precisam de trilhos ou fitas magnéticas para se guiar, são capazes de se situar na fábrica e criar suas próprias rotas.

O objetivo é implementar a tecnologia democratizada à empresas, de pequeno e médio porte, que estão se preparando para crescer. A automação, segundo o diretor da Automni, deixa a visibilidade mais eficiente e a visão computacional é usada para identificar os itens.

Outra questão abordada por Holanda foi o uso de drones em processos de inventário. A legislação não permite que drones funcionem de forma autônoma, mas os robôs podem fazer a separação dos itens no chão de fábrica. Com o picking colaborativo, o robô é responsável por mover o palete vazio e solicitar ao operador mais próximo os produtos que devem ser coletados. Os benefícios alcançados são zero acidentes de trabalho, 50% de redução do tempo de deslocamento, visibilidade, redução de avarias e ergonomia.

A educação para o futuro da indústria

Com o propósito de qualificar os trabalhadores e fortalecer a indústria, o SENAI já formou mais de 73 milhões de trabalhadores. O papel dos educadores do SENAI, de acordo com a coordenadora de relacionamento com a indústria, Ellen Mariano, é incentivar e aprimorar as habilidades dos alunos, ensinando-os a trabalhar em equipe e a se adaptar em diversos cenários. “Para a indústria é importante a habilidade sociocomportamental e não só a técnica”, disse.

Tecnologia, aprendizagem criativa e cultura maker são fundamentais para a educação do futuro da indústria, ainda segundo a coordenadora. “Desenvolver o capital humano é fundamental para o desenvolvimento da indústria. A melhor oferta de capital humano promove a produtividade e a inovação na indústria”, afirma Ellen.

A profissional de relacionamento do SENAI comentou também que as ações para fomentar a educação profissional no Brasil são investir no novo Ensino Médio e no ensino semipresencial. Os cursos do SENAI são desenvolvidos através de um comitê composto por empresas e profissionais de educação, que oferece cursos de iniciação profissional até a pós-graduação.

Demandas da sociedade x profissionais do futuro

Waldemar Battaglia, coordenador da F1 in Schools no Brasil, há 22 anos já afirmava que o profissional do futuro deveria ser capacitado e conectado ao projetista mecânico e aos profissionais da eletroeletrônica. As profissões vêm se desenvolvendo na velocidade da tecnologia.

Battaglia afirma que 47% das profissões irão desaparecer em 15 a 20 anos, os chamados analfabetos tecnológicos. A previsão para esses profissionais é o desemprego. Como exemplo, Battaglia citou o caminhoneiro que deverá ser substituído pelos caminhões autônomos.

“A tecnologia já está permeando a vida em todas as funções. O futuro é de quem sabe usar as tecnologias, independente de criá-las. Os robôs já são usados na medicina e no direito, entre outras profissões. Todos os motores de carros novos, no Brasil, já estão sendo desenvolvidos elétricos, porém ainda é necessário a infraestrutura para atender a demanda. A especialização é fundamental, seja na programação ou no uso da tecnologia”, afirmou o coordenador da F1 no país.

Waldemar Battaglia comentou ainda que as habilidades mais procuradas em profissionais do século XXI serão a resolução dos problemas complexos, a criatividade, a colaboração, a negociação, a capacidade de análise, a tomada de decisões, o pensamento crítico, a gestão de pessoas, a inteligência emocional, a orientação em servir, e a flexibilidade e adaptação.

Indústria Xperience 2022: saiba como participar

No segundo dia do evento, 09 de Novembro, os internautas ficarão a par de como aplicar a IoT (Internet das Coisas) na Projeção Financeira da Indústria. Ainda na parte da manhã, a pauta será a Aceitação da Tecnologia com aspectos racionais e emocionais no ambiente industrial.

A tarde reserva, ainda, a apresentação de cases das Novidades na Gestão da Qualidade para Indústria e Serviços em Petróleo e Gás no Brasil (API Q1 e Q2).

Também será abordada a Logística vs Indústria 4.0 no Business Automotivo, e o Biogás como fonte de energia para a “nova indústria”.

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