A intralogística é a arte de otimizar, integrar, automatizar e gerenciar o fluxo logístico de informações e bens materiais de uma empresa, em um centro de atendimento ou distribuição. Ela exige uma atuação multidisciplinar, além de integrar o fluxo de informações com o de materiais, de modo a aumentar a produtividade operacional.

O uso da tecnologia na área intralogística está ganhando cada vez mais força, pois a utilização de equipamentos em centros de distribuição de alto fluxo de materiais garante maior controle do estoque e agilidade nas operações, conforme explica Edson Carillo,  vice-presidente de educação da Associação Brasileira de Logística (Abralog).

“Por meio da integração do manuseio de materiais e tecnologias de processamento de informações que otimizam os processos, os recursos com equipamentos e mão de obra são melhor aproveitados, sejam eles aplicados às configurações de sistemas manuais, mecanizados ou totalmente automatizados, é possível conquistar avanços de produtividade. No entanto, o importante é notar que as verdadeiras soluções de intralogística vão além da simples implementação de ferramentas e tecnologias”, ressalta.

Por que investir em automatização intralogística?

A automação na área intralogística de uma indústria se justifica, basicamente, em três situações:

  1. Por questões de segurança, quando não é recomendável ter pessoas na área da operação, que pode ser por insalubridade, periculosidade ou, mesmo, por questões de sigilo;
  2. Por escassez de recursos, a alternativa tecnicamente viável acaba sendo a automação intralogística;
  3. Quando o fluxo é muito elevado e, mesmo com a alocação de mais recursos, não há a capacidade para atender ao volume de movimentações requerido.

Em casos como o último que citamos, essa automação auxilia, e muito, pois ao implementar equipamentos na operação, é possível reduzir o espaço necessário para a armazenagem e elevar a produtividade.

Automação intralogística: como implantar?

Cabe destacar que a aquisição de qualquer equipamento para a intralogística deve iniciar mediante a confirmação da capacidade de atendimento a uma necessidade operacional. Depois de comprovada essa demanda, deve-se começar a pensar na viabilidade econômica da automação.

Carillo ressalta, contudo, que ter cuidado é nesse momento é fundamental. “Geralmente, sistemas automáticos tendem a gerar falta de flexibilidade, o que compromete sua adoção em ambientes muito diversos e imprevisíveis”, comenta.

Por esse motivo, é necessário um estudo rigoroso sobre a automação. De qualquer forma, depois de implantada, ela aumenta rigorosamente a eficiência do centro de distribuição, eliminando o esforço físico e, ainda, oferecendo mais segurança.

Além disso, o investimento permite uma logística eficiente, que pode ser definida como liberadora de recursos, cumprindo as necessidades da empresa e criando oportunidades adicionais, portanto, gerando mais lucratividade.

Lembrando que a automação e as inovações permitem evitar trabalhos penosos e repetitivos para os funcionários, permitindo que eles se concentrem em atividades mais complexas que agreguem valor à empresa.

Outro fator importante diz respeito à inclusão de pessoas com necessidades especiais, que podem, por sua vez, ter seus postos adaptados. Por fim, há uma contribuição muito significativa dos sistemas automáticos com o meio ambiente, já que se consome menos recursos em todos os âmbitos.

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